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ISBN-13: 9786501170107
Dedicatória
Dedico esses escritos à minha progenitora.
Proporcionou-me a fé necessária desde a tenra idade.
Desta forma, aprecio com mais afinco no decorrer do
tempo bem como atualmente, a mesma fé em um Deus
Criador. Dedico igualmente a meu pai que, embora em
meio a tantas dificuldades, conseguiu proporcionar a
seus filhos, o modo correto de seguir seus caminhos
com honestidade e respeito ao próximo.
Epígrafe
“A Torah é o compasso da humanidade, ecoando através dos séculos a busca pela verdade, pela fé e pela redenção. Um livro de histórias que moldam não apenas crenças, mas o próprio espírito humano.”
Indice
Segundo as escrituras, após seis dias de criação, o homem e a mulher surgiram do solo. Solo esse que mais tarde, seria o palco de suas vidas. A mulher, derivada do homem e ambos, desconhecendo o propósito de suas existências físicas. Para eles, era o primeiro dia de suas enigmáticas vidas, imersos em plena harmonia com tudo ao seu redor. No decorrer do tempo após muitos momentos de alegrias e tristezas, perceberam a beleza e o mistério e, porque não dizer, milagre da vida, sentem uma atração mútua, e logo, num modo simplificado no decorrer do tempo, se envolvem profundamente. Seus cinco sentidos se entrelaçavam, preenchendo o espaço onde se encontravam. Aquela sensação estranha para ambos, porém em um modo falho irresistível, lhes traz uma satisfação até então desconhecida. O homem, então, percebe uma mudança em seu corpo. Algo em seu interior se altera, refletindo-se externamente. Seu órgão sexual que antes servia apenas para expelir um líquido, agora se transformava naturalmente. Ele percebe que essa nova forma em seu corpo, agora pode ser usada para um determinado fim. Então seus corpos agora unidos tornam-se como uma ponte para um só ser. Daquela forma não estão divididos. Uma só carne de maneira física, material. Em meio ao turbilhão de sensações, o homem, num momento fugaz, percebe que liberou um líquido diferente do habitual, causando-lhe uma sensação incrível e que nunca havia sentido em seu ser, no interior do corpo da mulher. Essa era substância, que traria a vida a um novo ser. No íntimo da mulher, a substância busca a maior dádiva que se possa adquirir e conforme estudos científicos, essa substancia contém milhares de seres vivos em busca de um pódio, conquistando assim o tão merecido premio.
A semente então, percorre uma determinada distância com destino ao óvulo feminino e é exatamente ali onde estará o portal para o inicio de uma nova vida e é ali onde se inicia transformações profundas no corpo feminino. Primeiro, o homem, embora ambos sentem algo semelhante se referindo a prazer internamente, a mulher sofre as alterações onde algum tempo depois, ela também percebe as agora maiores transformações e que ainda, mais tarde, se revelariam muito dolorosas. Ela sente algo crescendo em seu ser. Seu corpo agora se tornava a porta de entrada para a vida de outro ser. A mulher seria como um portal cujo objetivo permite a passagem de um ou poucos seres por vez, e, quando mais de um, eles são quase que idênticos
Com o passar dos meses, seu corpo cresce mais e mais, até que, após cerca de nove meses, ela enfrenta uma experiência completamente nova. Sente após esse prazo dito, que algo precisa ser expelido de seu interior, e, em meio a uma dor excruciante, ela percebe chocada, pois nunca havia visto aquilo, surgindo um novo ser, pequeno e semelhante a eles próprios. Contudo, o tormento se dissipa quase que instantaneamente no momento em que ela vê aquela pequena vida em seus braços. Ali, diante de seus olhos, está um ser quase sobrenatural.
À primeira vista, como um milagre, magia, fora da normalidade de suas próprias vidas. Agora, a missão do casal é clara: ensinar a esse novo ser tudo o que sabem e o que suas mentes suportam e compreendem. Tudo o que já vivenciaram, viram e entenderam. Desta forma, quase que desvendamos um dos muitos mistérios do ser em seu desenvolvimento, sua origem e destino. A primeira vida no mundo surge após um casal ter sido formado misteriosamente a partir de grãos de areia e barro, sendo que um ser saiu de outro, no caso da mulher, porém a composição de ambos são a mesma, igualmente em seu final físico. A seqüência do homem criado, agora no ventre, semelhante a uma pérola no fundo do mar, se forma a partir desses grãos, acumulados com precisão em um espaço perfeito: esse é o seu berço. Quando observamos o corpo humano sob o microscópio, percebemos os espaços vazios entre as menores partículas que nos compõem. Somos um conglomerado de partículas que dançam entre si muito bem organizadas até formar o corpo físico, mantendo-se unidas em uma distância exata, como um cão adestrado, imóvel até receber o comando de seu treinador, essas partículas seguem organizadas ao longo da vida de cada pessoa. Algumas desaparecem, ou morrem e outras se formam. É um ciclo ordenado, iniciado em tempos imemoriais, e que um dia levará cada ser de volta ao estado original, retornando ao solo de onde veio.
A fé e a razão são elementos que coexistem na vida humana, cada um desempenhando um papel singular na construção de nossas crenças e na busca pelo sentido da existência. Este texto, não trata de questionar ou desacreditar a fé alheia, mas de explorar um caminho mais humano e lógico para compreender as tradições e escrituras que moldam nossa visão do mundo. Cada pessoa carrega consigo uma bagagem única de experiências, crenças e interpretações, formadas ao longo da vida e que refletem sua singularidade. Com base nesse entendimento, a reflexão aqui proposta busca um equilíbrio entre a crença no Criador e a análise racional dos eventos históricos e bíblicos. O objetivo é investigar o que nos foi deixado pelos nossos antepassados, as tradições que se repetem ao longo do tempo, e entender os motivos por trás desses acontecimentos. Embora o mundo evolua e a tecnologia modifique nossa compreensão, as lições atemporais presentes nas escrituras continuam a oferecer ensinamentos profundos, nos lembrando que, como bem diz o livro de Eclesiastes, “não há nada novo debaixo do sol”. A verdade e a sabedoria permanecem, esperando serem redescobertas por cada nova geração.
Desde os primórdios da humanidade, a busca por respostas sempre esteve presente. Seja através da fé ou da razão, o ser humano, de forma incessante, tenta compreender a si mesmo e o mundo ao seu redor. Cada cultura, cada geração, e cada indivíduo carrega em si uma visão única do universo, moldada por suas experiências, crenças e questionamentos. No entanto, apesar das diferentes perspectivas, uma coisa é certa: todos nós estamos, de uma maneira ou de outra, em uma jornada em busca de sentido. Este trabalho não pretende contestar ou minar a fé de ninguém, mas sim, mergulhar no mistério da existência sob um prisma que respeita tanto a espiritualidade quanto a lógica humana. Compreender as tradições e os textos antigos que nos foram deixados por gerações passadas não é apenas um exercício de memória, mas uma oportunidade de absorver os ensinamentos valiosos e atemporais que continuam a ecoar na vida moderna. Ao longo dessas páginas, convido o leitor a explorar, questionar e refletir sobre o que nos foi transmitido. Como criaturas, buscamos as pistas deixadas pelo Criador, tentando discernir as razões dos eventos que moldaram a história da humanidade. Assim como as impressões digitais nos tornam fisicamente únicos, nossas percepções e compreensões da vida e da fé são igualmente singulares. Portanto, este é um convite à introspecção, à análise e à busca de respostas. Afinal, cada passo dado em direção ao conhecimento é também um passo em direção à verdade, seja ela espiritual racional ou uma combinação das duas.
O intuito destes escritos está longe de colocar em dúvida a fé de quem quer que seja. A fé de cada um é sagrada, seja em um nível alto ou baixo. Temos a liberdade de pensar de forma lógica, seja para o bem ou para o mal, assim como possuímos o livre-arbítrio. Ninguém neste mundo tem o direito de impor sua crença, achando que sua razão é a única válida. Isso se complementa ao se dizer que a razão de cada pessoa é única para si mesma. Raramente alguém vai concordar plenamente com o que outra pessoa entende, com cem por cento de acerto, achando que toda a verdade está consigo e que todos devem aceitá-la. Cada um tem uma bagagem de crença e entendimento, formada pelo que já buscou, busca e buscará ao longo de sua vida. É assim que vivemos, ao longo de todo o nosso tempo de vida, buscando algo. Talvez esse algo seja a própria razão de existir. No entanto, do meu ponto de vista, analiso a questão de que sou único no mundo e que ninguém é igual a mim em plenitude, assim como você também é único. Uma das provas físicas disso está nas extremidades de nossos dedos, o que chamamos de digitais. A minha fé está baseada no que sei como criatura, e acredito que o Criador nos deixou pistas ao longo do caminho para que pudéssemos absorvê-las. Mesmo com todas as nossas falhas, ainda conseguimos percebê-las de alguma forma, seja no sentido físico, espiritual, emocional, psíquico ou humano.
Meu intuito pessoal é aprofundar conhecimentos, explorar os assuntos bíblicos e os porquês da existência, analisando-os por uma perspectiva mais humana, se assim posso dizer. Em outras palavras, pretendo adotar uma abordagem prática e manter sempre presente a fé no Criador, sem desacreditá-la por pensar como ser humano. O objetivo central destes comentários é compreender os fatos ocorridos: como aconteceram e por que ocorreram em determinados momentos. Assim, mergulho no que nos foi transmitido por nossos antepassados. Aqueles que viveram antes de nós deixaram seus costumes registrados e suas tradições documentadas. Embora a história se repita ao longo dos tempos, as escrituras no deixam: O que foi tornará a ser. O que foi feito se fará novamente. Não há nada novo debaixo do sol. Eclesiastes capítulo 1 verso 9.
A tecnologia atualmente muito nos engana quanto ao que foi e o que é. À medida que o tempo passa, os costumes e tradições de um povo mudam, e suas idéias evoluem, permitindo outras compreensões de certos fatos. Mesmo que alguns textos apresentem falhas, eles nos deixaram valiosos ensinamentos e preciosidades profundamente pessoais.
Nesse princípio, Deus criou os céus e a terra. O “princípio” é o início. O primeiro instante, em milésimos de segundos ou sem tempo programável, assim como o Criador de todas as coisas. Alguns sábios judeus nos dizem que Deus criou o mundo baseado na Torá, os cinco primeiros livros. Ou seja, antes de criar esse tudo, Deus criou a letra, e cada letra hebraica contém significados profundos sobre a vida. Sendo assim, as Escrituras se mostram à criação, como o documento da criação, semelhante à escritura de um imóvel. Assim como a comunicação entre seres, de uma só letra cria-se várias palavras, de onde provêm os pensamentos? Primeiro, as Escrituras, e logo após, o princípio que traz à existência. A existência de tudo. Através do nada e do tudo, o Criador, que está além do infinito, não foi, não será, mas simplesmente, É. Só Ele entende o nada e fez tudo vir à existência para nossos sentidos. Percebemos o que Ele fez, estamos dentro do que Ele fez e somos um pequeno tudo para entendimento, assim como tudo o que Ele fez. A frase inicial que nos é apresentada é: “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” Se estivermos de acordo com a tradução em que esses escritos foram baseados, podemos observar que, com o acréscimo de uma vírgula, poder-se-ia entender que o próprio Deus foi criado por algo. Ao crermos nisso, e sabendo que tudo o que tem começo tem fim, anularíamos Deus. Está claro que não é o caso aqui, pois a morte não existia, ou, se existia, estava com o Criador. Segundo os relatos, a morte passou a existir após uma desobediência, ou uma falta de consideração para com o que o Criador havia dito ao homem sobre um assunto que estava ligado ao próprio homem. Mas a questão aqui, antes dessa desobediência, é a existência da matéria e o que imaginamos de acordo com a fé. Deus criou não apenas a matéria, mas também o que está além de nossos sentidos: o mundo espiritual. Vamos então reformular rapidamente a frase do versículo da seguinte forma: “Eu, o Criador de tudo, faço existir os céus e a terra neste momento específico e cujo momento, nomeio como princípio.” De outro ponto de vista, a frase do versículo traduzido do original está como está, possivelmente por razões que, ao longo da história, são entendidas e aceitas desta mesma forma, porque envolvem puramente a fé das criaturas em suas buscas. A frase é interpretada de acordo com o que você deseja acreditar. Há um Criador de todas as coisas e há apenas uma frase. O que é maior? A letra ou o Criador da letra? Ou ainda, o que é maior: Aquele que inspira Suas criaturas ou as mesmas que escrevem as tais letras? O idioma hebraico, mais precisamente a Torá, no qual as Escrituras foram e são inspiradas, é único, e cada letra tem um significado. Cada letra deve estar no espaço exato em relação às outras na confecção das Escrituras. Cada letra deve ser única, e nenhuma linha pode tocar o alfabeto seguinte, caso contrário, o trabalho estaria condenado. Se houvesse um erro desse tipo, todo o processo seria refeito. Outro ponto analisado no versículo é que a palavra “céu” no decorrer da maioria das Escrituras é sempre, ou quase sempre, descrita no plural, nunca como um único céu. Nesse princípio da matéria, nesse princípio de tudo o que vemos e sentimos, antes disso, nada havia. Mas não havia para nós. O que quero dizer é que havia e há o Criador. Por meio da fé que nos foi dada, há um Criador. Ele não teve um começo e nem terá um fim. Ele simplesmente É. Certamente estavam com o Criador, os anjos e seres que só os céus podem compreender no momento da criação. Agora vamos nos ater na oração contida em alguns escritos, cuja qual se remete ao Criador. Para uma breve análise analisemos o Pai nosso. “Pai nosso, que estás nos céus” ou “Pai nosso, que está no céu”. A palavra “Pai” é aceitável, pois o Criador, embora às vezes nos castigue, o faz para nos educar, semelhante aos nossos pais terrenos. No entanto, não deveríamos comparar o Criador com mortais. Na seqüência, o texto reza: “Que estás nos céus” ou “que está no céu”. Podemos perceber que na primeira parte, o orador se dirige ao Criador, e na segunda, apenas informa que Ele está no céu. “Estás” e “está”. Uma oração afirma que Ele está nos céus, já a outra é direcionada a dizer para outrem que Ele está no céu. Como se, em uma oração, uma pessoa se direcionasse a Deus, enquanto que a outra fosse um religioso se dirigindo às pessoas que o estão ouvindo. Muitos oram dessa maneira, mas não podem saber onde o Criador está. Nenhum ser sabe, pois Ele está em qualquer lugar. Ele pode estar em tudo e até mesmo no nada. O que sabemos sobre o nada? Nada! Como Ele criou tudo do nada? Da mesma forma, nada sabemos além de teorias. Prosseguimos com a segunda parte da oração. “Santificado seja o Teu nome” ou “Santificado seja o Vosso nome”. De acordo com algumas tradições religiosas, questiona-se: o nome do Criador precisa ser santificado por nós? Desta forma vejamos nas afirmações seguintes. Assim seja, para que seja, talvez seja, para que tu sejas. São interjeições que remetem a futuro, ou seja, assim seja porque ainda não é, para que seja porque igualmente não é, talvez seja, que dúvida! para que tu sejas e vai precisar ser? Ora, se Ele simplesmente É, precisamos que Ele seja santo? Há alguma dúvida quanto à Sua santidade? O nome do Criador nem pode ser pronunciado visto Sua Santidade. Poucos o conhecem e, mesmo sabendo, não o pronunciam devido às falhas que todos carregam. Sua luz é tão intensa que só podemos experimentar pequenas gotas de Sua Presença. Não teríamos resistência suficiente para suportar nem parte de Sua totalidade. Seu nome é grandioso demais para que possamos resistir ao pronunciá-lo. Na seqüência temos: “Venha a nós o Teu reino. Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu.” Parece existir a ausência de uma letra na frase: Trata-se da letra é. “Assim na terra como é no céu.” Pedimos que Sua vontade seja feita na terra, em tudo, porque também somos terra. Somos pó, e ao pó retornaremos. Pedimos que Sua vontade seja feita exatamente como Tu fez em Sua própria paz. Em outras palavras, podemos dizer: “Senhor que nos criou, conceda-nos, mesmo que apenas um pouco de Sua paz e compreensão das coisas que foram feitas por Suas mãos ou por Sua vontade. Crie para nós um novo lar, como foi no princípio. Não crie mais uma árvore ou um símbolo que nos afaste de Ti. Faça com que Seu reino se estabeleça na terra, assim como é no céu, ou onde quer que Sua paz esteja.” Pedimos energia para nossa estabilidade como segue: “Nosso pão sagrado”. Atualmente não sabemos como era no princípio, quando tínhamos tudo à disposição. Depois soubemos que, com nossa luta diária, temos nosso alimento sobre a mesa. E temos esse alimento porque temos saúde e o buscamos enquanto temos fôlego em nossas narinas. Segundo o que está escrito, “ganharás o teu pão com o suor do teu rosto”. Portanto, não devemos pedir apenas pelo pão, mas também pela saúde, força, sabedoria, habilidade, destreza, amor e tudo mais necessário para tal ato. Então pedimos perdão: “Perdoa as nossas ofensas, assim como perdoamos aos nossos devedores ou ofensores.” Será que o perdão do Criador se assemelha ao nosso? Será que conseguimos perdoar o próximo da forma correta? Não seria melhor dizer: “Senhor, perdoa as nossas falhas, pois somos frágeis e imperfeitos. Não porque nos criaste imperfeitos, mas porque buscamos a imperfeição. Às vezes, sentimos a necessidade de realizar algo que possa, eventualmente, Te ofender, mas não temos plena consciência do que exatamente Te ofende, a não ser por escritos, e mesmo assim não temos certeza se foram escritos de acordo com a Sua vontade ou apenas pela vontade humana.” Seu perdão é incomparável.
Para prosseguir com os cinco capítulos ou mesmo adquirir novas séries entre em contato através do e-mail: marksnolt@gmail.com. A série inicial é constituída de cinco e-books com seus cinco capítulos, totalizando os primeiros 25 capítulos de Gênesis. Estarão disponibilizados um a um ou conforme o desejo do leitor.